Ainda que Brunhilde Pomsel se tenha descrito a si própria como sendo uma figura secundária e sem interesse na política, é das pessoas, ainda vivas, que esteve mais próxima de um dos piores criminosos da história mundial. Actualmente com 105 anos, Pomsel trabalhou como secretária, estenógrafa e dactilógrafa do Ministro de Propaganda Nazi, Joseph Goebbels.
A vida de Brunhilde Pomsel espelha as principais rupturas históricas do século XX e posteriormente da vida alemã. Hoje em dia muitas pessoas assumem que os perigos da guerra e do fascismo estão largamente ultrapassados. Brunhilde Pomsel deixa claro que não é certamente o caso.
O filme força os espectadores a perguntar a si próprios o que fariam e se teriam sacrificado princípios morais, de forma a prosseguir com a sua carreira. A sua extraordinária biografia e trajecto pessoal ímpar levam-nos a questões incómodas e intemporais: Seguimos em frente ou ainda temos dúvidas sobre a nossa moral e humanidade? E mais importante ainda, onde é que nos situamos relativamente a estas questões?