Anunciada a programação completa da 16ª edição do festival MOTELX

Já é conhecida a programação completa da 16ª edição do MOTELX – Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa, que durante 7 dias, de 6 a 12 de setembro, volta novamente ao Cinema São Jorge, em Lisboa, para celebrar mais uma vez o cinema de terror, um dos géneros que nos últimos anos tem conquistado novos públicos.

A edição de 2022, alarga-se ainda a mais espaços da cidade, como o Teatro São Luiz, o Convento São Pedro de Alcântara e o Museu de Lisboa – Palácio Pimenta, fazendo uma viagem geográfica e temporal pela melhor cinematografia de terror, com um grande destaque à produção nacional e no seu cruzamento com outras expressões artísticas.

Mais de 100 filmes compõem a programação histórica desta edição do MOTELX, numa viagem pelo universo do terror vindo das mais diversas geografias, entre estreias mundiais e nacionais, cine-concertos, o lançamento de um livro inédito, masterclasses com mestres do cinema de género, workshops, um programa dedicado aos mais novos e uma particular passagem pelo passado e o presente da produção do terror português.

Na abertura será exibido o filme “Bodies Bodies Bodies”, a segunda longa-metragem de Halina Reijn, um slasher da geração Z sobre um grupo de jovens ricos que planeia uma festa que corre muito mal. Entre os ilustres convidados para esta edição encontram se nomes como Dario Argento, o mestre do terror italiano, que apresentará na secção Serviço de Quarto, o seu último trabalho, “Óculos Escuros“, bem como a dupla de realizadores americana Aaron Moorhead e Justin Benson, que marcarão presença com “Something in the Dirt”, filme que também escreveram e protagonizaram.

Filme de abertura “Bodies Bodies Bodies”

 

A não perder também, em estreia nacional, “Final Cut“, de Michel Hazanavicius, sobre uma equipa de filmagem que são atacados por zombies reais, “Polaris”, de Kirsten Carthew, um filme pós-apocalíptico inspirado no ecofeminismo e na urgência de uma mudança cultural e sustentável significativa, caracterizado pela realizadora como o “Mad Max” do Ártico, e “Candy Land”, de John Swab, uma road trip infernal sobre sexo, religião e violência. Neste naipe encontram-se ainda os obrigatórios “Satan’s Slaves 2: Communion”, de Joko Anwar, “Ashkal”, de Youssef Chebbi, “Saloum”, de Jean Luc Herbulot, e “Parsley”, de José María Cabral.

As exibições de “Hotel da Noiva”, filme português de 2007 de Bernardo Cabral – um filme lendário rodado nos Açores -, numa Sessão Especial de culto, “Inferno Rosso: Joe D’Amato on the Road of Excess”, de Manlio Gomarasca e Massimiliano Zanin – um documentário sobre o versátil realizador italiano Joe D’Amato -, na secção Doc Terror, e “The Seed”, de Sam Walker, e “Deadstream”, de Joseph e Vanessa Winter, no regresso da Sessão Dupla à programação do Festival, são outros dos momentos incontornáveis da 16ª edição.

Com uma grande aposta em mulheres realizadoras, este ano, na seleção Méliès d’argent – Melhor Longa Europeia destacam-se a estreia mundial da produção ibérica “O Corpo Aberto”, de Ángeles Huerta, um folk horror com os actores portugueses Victoria Guerra e José Fidalgo, “Nightsiren”, de Tereza Nvotová, e “A Banquet”, a primeira longa-metragem de Ruth Paxton. A completar a lista de cinema europeu em competição, onde estão os já anunciados “Os Demónios do Meu Avô”, de Nuno Beato, “Criança Lobo”, de Frederico Serra, e “Wolfkin”, de Jacques Molitor, distingue-se também o terror psicológico do altamente perturbador “Speak No Evil”, de Christian Tafdrup.

“Óculos Escuros” de Dario Argento

A 10 de Setembro, o MOTELX propõe um final de tarde especial com o projecto FILMar, entre a Cinemateca Portuguesa e o Cinema São Jorge, onde se enfrentam os medos do mar através de cinco filmes (duas longas e três curtas) e um debate. A 7 de Setembro, no Teatro São Luiz, em parceria com a Casa Bernardo Sassetti, é projectado o primeiro filme de terror português, “Os Crimes de Diogo Alves” (1911), de João Tavares (1883-1971), acompanhado por uma partitura original assinada por Bernardo Sassetti (1970-2012) e interpretada por um combo da Escola Superior de Música de Lisboa, sob a orientação do professor Desidério Lázaro. Depois do cine-concerto, uma conversa acerca do processo de composição para filmes mudos, com um painel moderado por Inês Laginha e formado, além de Lázaro, pelo guitarrista Tó Trips e o pianista Filipe Raposo.

No Cinema São Jorge, a nova associação de mulheres que trabalham no cinema e audiovisual, MUTIM, vai provocar um debate a partir do primeiro filme realizado por uma mulher em Portugal, “Três Dias Sem Deus” (1946), de Bárbara Virgínia (1923-2015), com a participação de Luísa Sequeira, autora do road movie documental sobre a cineasta que se destacou em plena ditadura.

Ainda no Festival, assinala-se o regresso do MOTELquiz (dia 8), uma noite épica de trivia para testar os conhecimentos sobre cinema de terror e cultura pop, com prémios e surpresas à mistura (a entrada é livre, mas requer pré-inscrição para o email inscricoes@motelx.org). A programação completa está disponível no site oficial do MOTELX.

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