Nesta quinta-feira, 20 de maio, as salas de cinema nacionais vão receber, por coincidência ou não, as estreias de dois filmes distintos sobre um dos maiores mitos do jazz, a cantora Billie Holiday (1915-1959). Um deles é a cinebiografia “Estados Unidos Vs. Billie Holiday” e o outro o documentário “Billie“.
O filme documental foi escrito e realizado por James Erskine, que apresenta um retrato único da vida tumultuosa e do talento da cantora, considerada uma das melhores vozes do século XX.
Nos anos 70, a jornalista Linda Lipnack Kuehl gravou mais de 200 horas de entrevistas com pessoas que tinham convivido com Billie: músicos, amigos, família, amantes da cantora. Essas entrevistas, preparação para uma biografia que nunca chegaria a escrever, nunca foram ouvidas e são reveladas pela primeira vez neste documentário, juntamente com actuações e imagens de arquivo restauradas.
Entre os entrevistados encontram-se nomes como os dos cantores e amigos da diva, Tony Bennett e Sylvia Syms, bem como testemunhos de amigos de escola, advogados e de agentes do FBI que a prenderam pela posse de drogas.
Além de narrar a trajetória musical da cantora, dona de uma voz peculiar e que se tornou uma das intérpretes mais importantes da história da música, “Billie” também dá destaque ao papel que Billie Holiday teve como ativista, nomeadamente com o lançamento de “Strange Fruit”, a sua conhecida canção de protesto.