Há décadas que aquela ilha se chama Ilha dos Cães, sem se saber bem porquê. A imponente fortaleza, prisão dos inimigos do regime jaz à beira mar, vazia e abandonada aos ataques dos elementos.
Os pescadores ainda se recordam das traineiras que faziam a ligação à ilha: transportavam mantimentos e homens. Condenados. Também se recordam dos cães.
Pedro Mbala sente-se irritado. Queria estar em Luanda a ganhar dinheiro, a gozar a vida. No entanto, a Constaleiro entregou-lhe um desafio: ir até à Ilha dos Cães – onde a construção de um resort está atrasada.
Os trabalhadores, gente local, parecem amedrontados devido a uma matilha de cães selvagens que não parece ter medo dos homens e reclama a ilha que tem o seu nome.