A Universal Pictures adquiriu os direitos do livro biográfico “All That Heaven Allows: A Biography of Rock Hudson”, de Mark Griffin, para desenvolver uma cinebiografia sobre Rock Hudson, estrela e ícone de Holywood. Segundo o The Hollywood Reporter, o estúdio está à procura de um argumentista, mas já contratou Greg Berlanti (Com Amor, Simon) para dirigir a longa-metragem.
Hudson levou uma vida glamourosa, mas em última análise trágica. Na superfície, era um dos quebra-corações de Tinseltown, mas vivia com medo da descoberta do seu estilo de vida gay. O ator ganhou reconhecimento na década de 1950 com os clássicos “Sublime Expiação (1954)” e “Tudo o Que o Céu Permite (1955)”, ambos dirigidos pelo mestre do melodrama Douglas Sirk. Em 1956 ganhou a sua primeira e única nomeação ao Óscar de Melhor Ator pela sua interpretação em “O Gigante”.
O ator estava no auge de sua carreira no início dos anos 1960, mas fora do grande ecrã, as coisas eram turbulentas, com Hudson sob o controlo de um agente predatório e um casamento falso destinado a livrar-se da imprensa.
Foi diagnosticado com HIV em 1984 e passou um ano a negar rumores de que tinha SIDA, não querendo manchar a sua imagem com uma doença que estava a tornar-se numa epidemia, especialmente na comunidade gay. Em outubro de 1985, Hudson morreu em Beverly Hills, aos 59 anos, devido a complicações relacionadas com a doença. A revelação da sua homossexualidade foi um marco na luta contra a intolerância em relação aos gays e pessoas infectadas pelo HIV.
“A vida e o legado de Rock Hudson são uma parte vital da história LGBTQ e da história de Hollywood e tem que receber o tratamento ao grande ecrã que merece”, disse Berlanti num comunicado, depois de ter lido o livro de Griffin que foi elogiado pelo seu olhar equilibrado e reflexivo sobre a vida do homem.