Victor Kossakovsky propõe-nos um universo moral radicalmente recalibrado, onde encontros com uma mãe porca (a epónima Gunda), duas vacas astuciosas e uma galinha perneta e exuberante nos recordam o valor inerente da vida de todos os seres.
Devolvendo-nos o olhar de um porco, permitindo-nos ouvir o mugido suave de uma vaca ou mostrando-nos uma galinha a aprender a usar as asas, Kossakovsky anula qualquer pretensão que pudéssemos ter de ser únicos na nossa capacidade para a emoção, a consciência ou a vontade.
Mergulhando a fundo na vida destes animais, amplamente vividas em alegria e dor, torna-se incontornável a noção de que humanidade deve implementar rapidamente as grandes mudanças necessárias para acabar com a exploração em massa dos animais nossos semelhantes.
Gunda é a tentativa profundamente pessoal de Kossakovsky para renovar a nossa visão da vida e meditar sobre o mistério da consciência de todos os animais, incluindo a nossa.