“IndieLisboa 2021”: Anunciadas 12 longas-metragens para a Competição Internacional

Longas-metragens do Indielisboa 2021

Está completa a programação da Competição Internacional da 18.ª edição do Festival de Cinema IndieLisboa que começa a 21 de agosto e prolonga-se até ao dia 6 de setembro. Depois das 32 curtas, foram agora divulgados os títulos das 12 longas-metragens que vão marcar presença numa das secções mais aguardadas do festival.

Segundo o comunicado da organização, as películas selecionadas “revelam uma multiplicidade de vozes, transversais e conscienciosas” com ” discursos cinemáticos muito variados”, provenientes de várias partes do mundo, que vão desde o “Kosovo à Georgia, passando pelas montanhas Apalaches e Argentina”,uma seleção que integra 6 documentários e 6 dramas ficcionais, e com 7 mulheres cineastas a encabeçar a secção deste ano.

O grande destaque da secção é o documentário “Nous”, da premiada realizadora francesa Alice Diop, que traça retratos isolados que compõem as histórias e as caras da nação francesa assombrada por divisões e fracturas, um filme-ensaio que estreou-se no Festival Cinéma du Réel 2021 e foi exibido no Festival de Berlim.

Dentro dos documentários, o IndieLisboa vai exibir “Les Prières de Delphine”, de Rosine Mbakam, sobre uma jovem camaronesa, em que a cineasta explora temas como o peso e o domínio das sociedades patriarcais sobre as mulheres africanas e a exploração sexual, e “Les Sorcières de l’Orient”, de Julien Faraut, que relembra o momento histórico da equipa de voleibol feminina japonesa que venceu a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 1964, e que ficaram conhecidas como “As bruxas do Oriente”, que serve de título à produção.

“The Inheritance”, primeira longa-metragem de Ephraim Asili, destaca-se entre os filmes de ficção, com uma história centrada numa comunidade de artistas e activistas negros, na zona oeste de Filadélfia, que junta o marxismo a uma lembrança do movimento de libertação MOVE, bombardeado pela polícia em 1985. A este junta-se “La Última Primavera”, a primeira obra da holandesa Isabel Lamberti, sobre moradores dos arredores de Madrid que contruíram as suas casas de raiz são obrigados a realojar-se, e “A Dim Valley”, de Brandon Colvin, que dá um segundo vislumbrar da natureza selvagem nos Apalaches.

A 18.ª edição do IndieLisboa decorre no Cinema São Jorge, Culturgest, Cinemateca Portuguesa e Cinema Ideal, e da programação também faz parte uma retrospetiva dedicada à realizadora francesa Sarah Maldoror, o Foco Camilo Restrepo, centrado no trabalho do cineasta colombiano, as longas-metragens da Secção Silvestre e o IndieJúnior que traz de volta mais um ano de aventuras cinemáticas para miúdos e graúdos.

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL LONGAS-METRAGENS
– “A Dim Valley”, de Brandon Colvin (EUA)
– “Looking for Venera”, de Norika Sefa (Macedónia do Norte/Kosovo)
– “The Last Hillbilly”, de Diane Sara Bouzgarrou/Thomas Jenkoe (França/Catar)
– “Shiva Baby”, de Emma Seligman, fic., EUA, 2020, 77’
– “What Do We See When We Look at the Sky?”, de Aleksandre Koberidze (Geórgia/Alemanha)
– “Esquí”, de Manque La Banca (Argentina/Brasil)
– “The Inheritance”, de Ephraim Asili (EUA)
– “Nous”, de Alice Diop (França)
– “La Última Primavera”, de Isabel Lamberti (Espanha/Países Baixos)
– “Radiograph of a Family”, de Firouzeh Khosrovani (Irão/Noruega/Suiça)
– “Les Sorcières de l’Orient”, de Julien Faraut (França)
– “Les Prières de Delphine”, de Rosine Mbakam (Bélgica/Camarões)

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