Chegou ao fim o MOTELX – Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa e já são conhecidos os vencedores das duas secções competitivas, uma edição que, segundo a organização, “superou expectativas e que contou com mais de 20 sessões esgotadas”.
Nesta 14ª edição, o Prémio MOTELX – Melhor Curta de Terror Portuguesa 2020 / Méliès d’argent foi atribuído a “Mata“, de Fábio Rebelo, que narra a história de um casal perdido numa floresta cujo reencontro traz consequências aterradoras. Para o júri, composto por Pandora da Cunha Telles, João Pedro Rodrigues e Margarida Vila-Nova, trata-se de “um filme sólido que joga com o imaginário da literatura fantástica, mergulhando num espaço onde enfrentamos os nossos pequenos medos”, e que, “em escassos minutos e sem pretensões, revela a promessa de um jovem realizador”.
O júri decidiu ainda atribuir uma Menção Especial a “A Grande Paródia“, de André Carvalho, descrito como um “”filme visceral” sobre um realizador que adormece enquanto vê televisão e sonha vender a alma a troco de fama e glória.
Já na competição internacional, o Prémio MOTELX – Melhor Longa de Terror Europeia 2020 / Méliès d’argent foi parar às mãos da realizadora alemã Katrin Gebbe, pela sua segunda longa-metragem “Pelican Blood“, filme que explora a agonia de uma mãe que adopta uma criança que vem a revelar comportamentos perturbadores.
Foi uma escolha unânime para o júri composto por Pedro Mexia, Filipe Homem Fonseca e Carla Galvão, justificando a sua decisão como “um filme que instala uma tensão permanente, um filme sobre o instinto maternal e a saúde mental, sobre a perda e o sacrifício, sobre o mal como protecção, um mal reeducável, que faz apelo à coragem e à perseverança, contra toda a lógica e toda a esperança.”
“Mata” e “Pelican Blood” ficam automaticamente seleccionados para o Prémio Méliès d’or, que será atribuído pela Méliès International Festivals Federation em Outubro no Festival de Sitges, em Espanha.