Mike Flanagan, que em finais de dezembro do ano passado mostrou interesse em dirigir duas obras de Stephen King, vai para já realizar um desses desejos. O cineasta foi contratado pela Warner Bros. Pictures para comandar as filmagens de “Doutor Sono” (Doctor Sleep).
O projeto é uma adaptação cinematográfica do romance escrito por Stephen King, publicado em 2013 e a continuação de “The Shinning” – A Luz”, o terceiro livro do autor, publicado em 1977, que foi adaptado ao cinema em 1980 por Stanley Kubrick.
O primeiro rascunho do argumento de “Doutor Sono” foi escrito por Akiva Goldsman, mas Flanagan irá agora proceder a modificações e por em marcha o projeto. Resta saber se será uma continuação direta do filme de Kubrick ou uma versão independente e fiel ao livro de King, que ocorre anos após os eventos no Overlook Hotel e centrado em Danny Torrence, agora um homem de meia idade, que ainda está traumatizado pelas visões e fantasmas do passado, andando há décadas à deriva, a tentar-se libertar do legado de desespero, alcoolismo e violência deixado pelo seu pai.
Quando chega à cidade de New Hampshire, Danny instala-se e trabalha numa comunidade de Alcoólicos Anónimos, que o apoia e o “brilho” que lhe resta oferece um derradeiro conforto aos moribundos. Com as suas habilidades psíquicas a ressurgirem, conhece Abra Stone, uma garota de 12 anos, com o brilho mais vivo que já viu e que dá novo alento aos fantasmas de Danny e o impulsiona para uma guerra épica entre o bem e o mal para salvar Abra e a sua alma, de um grupo que se quer apoderar desse poder.
Flanagan é seguramente um dos melhores realizadores que trabalham no género de terror e entre os seus créditos encontram-se títulos como “Hush”, “Oculus”, “Ouija: Origem do Mal” e mais recentemente, a excelente adaptação de outra obra do mestre, “Jogo Perigoso” (Gerald’s Game) para a Netflix.
E se este trabalho alcançar sucesso, muito provavelmente teremos Flanagan a concretizar o seu segundo sonho, fazer a adaptação de mais um livro de King, “A História de Lisey” (Lisey’s História), que o considera como “um excelente trabalho, uma bela exploração do casamento”.