Filmes
De acordo com uma nova pesquisa da USC Annenberg Inclusion Initiative e divulgada pelo portal Variety, os estúdios apostaram mais em filmes com mulheres no protagonismo em 2018.
Dos 100 filmes que tiveram maiores arrecadações nas bilheteiras, 40 tiveram mulheres a interpretar as principais personagens, representando um aumento de oito filmes em relação ao ano anterior e de 20 em comparação com 2007, sendo a maior percentagem de filmes com liderança feminina nos últimos 12 anos.
No entanto, as atrizes de grupos sub-representados ainda não conseguem as mesmas oportunidades que as atrizes brancas, mas os dados sugerem que as coisas estão a melhorar. Dos 100, 28 filmes tiveram tiveram uma protagonista daquele grupo, sendo cinco negras ou afro-americanas, três de etnia mestiça, duas latinas e apenas uma asiática.
Apesar de alguns grupos étnicos terem sido praticamente ignorados e nenhuma mulher do Médio Oriente ter conseguido um papel de liderança, e que, mesmo assim, os números cresceram em 2018, com um ganho de sete filmes em relação a 2017 e de quinze comparado com 2007.
Embora Hollywood esteja a ampliar a sua abertura para promover mais filmes com mulheres e pessoas de cor, ainda há espaço para melhorias. O aumento percentual verificado ainda é pequeno tendo em conta que as parcelas de público que vão aos cinemas. Nos EUA, as mulheres representam 51% nas vendas dos ingressos e no Canadá, 50%.
Hollywood também foi acusada de ser antiquada, especialmente quando se trata de atrizes que muitas vezes são arrastadas para papéis de avó quando se aproximam da meia-idade. Os pesquisadores da USC descobriram que apenas onze filmes, onde estão incluídos “Halloween” e “Ocean’s 8“, foram protagonizadas por atrizes com 45 anos ou mais, correspondendo a mais do dobro do número de 2017, que contabilizou apenas cinco.
O estudo constatou que cada um dos sete grandes estúdios teve pelo menos uma mulher de cor num papel de liderança em 2018. Em termos de promoção de filmes com líderes dos sub-representados, o melhor desempenho foi para a Sony Pictures, seguida pela Lionsgate, Paramount Pictures e Universal Pictures.
