Depois de “Peter von Kant“, François Ozon está de volta aos cinemas portugueses com o filme “O Crime é Meu” (Mon Crime), uma comédia vagamente baseada na peça teatral de Georges Berr e Louis Verneuil, estreada em 1934, e que também serviu de base para os filmes “São Assim as Mulheres” (1937) e “A Mentirosa” (1946).
Nesta sua adaptação, Ozon escreveu um enredo atualizado, mas manteve o cenário dos anos 30 como forma de dar mais empoderamento às suas protagonistas face ao machismo da época.

No elenco, o cineasta francês reúniu um elenco de estrelas, entre as quais Nadia Tereszkiewicz, Rebecca Marder, Isabelle Huppert, Fabrice Luchini, Dany Boon, André Dussollier e Jean-Christophe Bouvet.
A ação decorre em Paris e conta a história de Madeleine Verdier (Tereszkiewicz), uma jovem e bela aspirante a atriz sem um tostão, que é acusada do assassinato de um produtor famoso. Ajudada pela sua melhor amiga, Pauline (Marder), uma jovem advogada desempregada, que alega legítima defesa. Absolvida do crime, Madeleine começa aí uma nova vida, feita de glória e sucesso, até que um dia a verdade bate à porta.

Em “O Crime é Meu”, que estreia esta quinta-feira, 31 de agosto, Ozon traz a nostalgia dos filmes do passado, misturando de forma óbvia o feminismo, a aversão e desprezo pelas mulheres, e a denúncia do machismo, um tema que se mantém atual.