Após “Raiva“, que estreou em Portugal em 2018, o realizador Sérgio Tréfaut está de regresso aos cinemas nacionais com o seu mais recente trabalho, o documentário “Paraíso“, filme que fez a estreia mundial no passado mês de Abril, no Brasil, no É Tudo Verdade 2021 – Festival Internacional de Documentários – onde foi muito bem recebido pelo público e pela crítica.
Exibido em antestreia nacional no início deste mês no IndieLisboa, esta 10ª longa-metragem do cineasta foca-se num grupo de homens e mulheres quase centenários, com amor à música, que se junta para cantar nos jardins públicos do Palácio do Catete, antiga residência dos presidentes do Brasil, no Rio de Janeiro.
“Nasci no Brasil e deixei o país quando era adolescente. Voltei agora, após mais de 40 anos de ausência. Procurei reencontrar o que ficou de um país que eu guardava na memória. Filmei nos jardins do Palácio do Catete, pouco antes da pandemia. Sede do governo até à construção de Brasília, o Palácio do Catete é hoje o Museu de República. Até Março de 2020, os jardins recebiam uma população idosa que se reunia todos os dias para cantar e partilhar o seu amor pela vida, até surgir a pandemia. Paraíso é o retrato de um Brasil que desaparece”, refere Sérgio Tréfaut sobre o documentário.
O filme decorre nos jardins do Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, onde todos os dias ao cair da tarde, mulheres e homens quase centenários reúnem-se para cantar antigas canções de amor. São sobreviventes de um Brasil que desaparece. As suas vidas e os seus cantos são subitamente interrompidos pela pandemia de coronavírus. Este filme é uma homenagem à beleza de uma geração dizimada.
Assista ao trailer não perca a estreia em cinema na próxima quinta-feira, 16 de setembro.