Quais os desafios e conquistas da neurotecnologia na compreensão do mistério que é o cérebro? É a pergunta que o documentário “O Futuro da Mente“, da realizadora Ruth Chao, procura responder, graças às técnicas de neuroimagem que nas últimas décadas avançou-se como nunca na compreensão da mente humana.
Em 2012, um cientista espanhol, Rafael Yuste, apresentava diante um comité internacional um projeto ambicioso para criar um mapa do cérebro humano: a BRAIN Initiative. Ainda que, na altura, tenha sido considerado demasiado ambicioso e pouco exequível pela maioria dos presentes, apenas um ano depois, a administração Obama tornava o projeto realidade, atribuindo-lhe um orçamento multimilionário, e transformando-o no maior projeto científico desde a era especial.
A Europa, não querendo ficar para trás, anunciava em paralelo um projeto muito parecido: a simulação de um cérebro humano, com um orçamento do mesmo calibre. Outro espanhol, Javier de Felipe, é eleito para liderar um dos grupos de estudo. Graças a ambos os projetos, podemos agora não só pensar em encontrar uma solução para doenças como a paralisia, o autismo e o Alzheimer, como também abrir portas a conceitos anteriormente considerados ficção científica, como a comunicação cérebro-máquina, a modificação da memória e a gravação de sonhos e pensamentos.
Poderá a nossa mente ser transferida na totalidade para um computador, tornando-nos imortais? Tudo isto graças à tenacidade de um grupo de cientistas que convenceram os seus colegas de que o impossível pode, por vezes, tornar-se realidade.
“O Futuro da Mente” é exibido esta quinta-feira, 18 de fevereiro, às 23:05h,na RTP2.