Adotado pela primeira vez na Coreia do Sul em 2012, a tecnologia ScreenX é a mais recente tentativa das operadoras de cinema de arrastarem os amantes do cinema para fora do sofá e longe dos serviços de streaming, como a Netflix e a Amazon, que estão em crescente popularidade.
O ScreenX é o primeiro sistema de multiprojeção do mundo elaborado para melhorar a imersão cinematográfica do ambiente no cinema, que faz com que os espetadores se sintam dentro da ação, projetado em três ecrãs, um na frente e dois nas laterais, num formato imersivo panorâmico de 270 graus.
Atualmente, existem 151 salas em todo o mundo a utilizar o sistema , mas segundo a CBS News, a Cineworld está com planos para adicionar mais de 100 novos ecrãs na sua rede de cinemas no Reino Unido. Além da Coreia do Sul, a tecnologia também já está a ser utilizada nas salas chinesas, e em pouco número em países como os EUA, Turquia, Suíça, França, Vietname, Japão, Tailândia e Indonésia.
“Estamos realmente confiantes de que, ao oferecer aos clientes o máximo de opções possíveis, isso trará pessoas para os cinemas”, disse Kelly Drew, diretor de operações da Cineworld.
No passado, a inovação deu resultados positivos, desde que o 3D foi popularizado nas grandes salas de cinema em 2009, com o lançamento de “Avatar”, de James Cameron, ajudando as receitas a crescer. Segundo a Motion Picture Association of America, as receitas globais das bilheteiras na última década, passou de US$ 14,4 para 40,6 mil milhões de dólares.
Mas esse crescimento parece estar a diminuir e os cinemas estão a ser ultrapassados pela redes de streaming. De acordo com as previsões da PwC, as receitas da Netflix serão as que terão mais crescimento na indústria de entretenimento e media até 2021, estimadas em 6% anual, comparada com a queda projetada dos cinema de 1,2%.
Não se sabe se o Screen X chegará a Portugal, nem está claro se esta inovação ajudará ou se destacará, mas o certo é que o número de cinemas que oferecem esses novos tipos de experiências cresce globalmente a cada ano.
