SE EU FOSSE LADRÃO… ROUBAVA

Se eu fosse ladrao roubavaPartindo da memória familiar e da matéria dos seus filmes, Paulo Rocha revisita as suas origens e as referências maiores da sua vida e obra, numa construção fluida e complexa, que é conscientemente testamental embora só indirectamente autobiográfica (ele filma-se através do pai e dos personagens da sua obra).

O motor inicial do filme é a evocação da infância e juventude do pai do autor, em particular o sonho obsessivo deste, na altura partilhado por muitos, de emigrar para o Brasil, para onde partiu efectivamente em 1909 (embora a cronologia verdadeira, tal como os factos e os nomes, sejam alterados, ou por vezes deslocados, em função das rimas com os outros filmes).

Mas este tema familiar cruza-se desde o início com o grande mundo da obra de Rocha, num puzzle de raccords temáticos que se dirige para dentro e para trás (a busca do centro, ou da origem…) tanto quanto para fora (a constante ampliação de sentido, a identidade de um país).

Paulo Rocha fala portanto da sua própria necessidade de partir, e da interrogação de Portugal através da distância – o tempo formativo em Paris, depois a longa estada no Japão -, assim como fala da morte, mas também da doença e de um medo tornados endémicos, corrosivos de um país.

FICHA TÉCNICA

  • Título original : Se eu fosse Ladrão... Roubava
  • Género :
  • Ano : 2013
  • Realização : Paulo Rocha
  • Elenco : Norberto Barroca, Márcia Breia, Joana Bárcia, Isabel Ruth, Luís Miguel Cintra, Chandra Malatitsch
  • País(es) : Portugal
  • Duração : 1h 27m

TRAILER

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