O novo filme do realizador Martin Scorsese, “The Irishman”, produzido pela Netflix, vai fazer a estreia mundial na noite de abertura oficial da 57ª edição do Festival de Cinema de Nova Iorque, no Lincoln Center, que vai decorrer entre 27 de setembro e 13 de outubro. É a primeira vez que um filme de Scorsese abre o NYFF.
“The Irishman é muitas coisas: rico, engraçado, perturbador, divertido e, como todos os grandes filmes, absolutamente singular. É o trabalho de mestres, feito com um domínio da arte do cinema que vi muito raramente na minha vida, e isso se dá num nível de sutileza e intimidade humana que realmente me surpreendeu. Tudo o que posso dizer é que no minuto em que acabei de ver, a minha reação imediata foi que queria assistir a tudo de novo”, disse Kent Jones, diretor do Comité de Seleção e diretor do Festival.
O filme marca a nona colaboração de Scorsese com Robert De Niro (Um Avô Muito à Frente), vinte e quatro anos depois do drama criminal “Casino” e a primeira com Al Pacino (Era Uma Vez em… Hollywood), atores que lideram o elenco e que são acompanhados por Joe Pesci, Harvey Keitel e Bobby Cannavale, Stephen Graham e Ray Romano. “The Irishman” fez uso de efeitos visuais em várias cenas para rejuvenescer os dois protagonistas.
O guião de Steven Zaillian foi adaptado do livro “I Heard You Paint Houses”, de Charles Brandt, que conta a história das relações entre o sindicalista Frank “The Irishman” Sheeran, acusado de ligações com o crime organizado e Jimmy Hoffa (Pacino), líder dos camionistas cuja morte ocorreu em circunstâncias misteriosas. Pesci interpreta Russell Bufalino, chefe da máfia da Pensilvânia, que segundo o testemunho de Sheeran ordenou o ataque.
Este projeto da Netflix, que supostamente custou US$ 125 milhões, está previsto estrear no final do outono, com a expetativa de que será primeiro lançado nos cinemas, como foi o caso de “Roma” de Alfonso Cuarón, mas ainda não há qualquer confirmação.