Dividido em sete histórias de bairro que acabam por ter uma ligação, o enredo começa com uma ideia teórica: a desintegração de Alfama como bairro histórico e ameaçado pelo turismo de massas, bem como por um progresso que obriga a EMEL a tomar conta dos parquímetros, as casas de fado a terem menus em cinco línguas e a chegada de câmaras de vigilância montadas pela Câmara de Lisboa.
Mas o fado, como historicamente já foi provado, evolui, sobrevive. Graças ao amor dos moradores do bairro e aos lisboetas com alma fadista.
As personagens desta história englobam alguns dos arquétipos do mundo e dos bastidores do fado. Teremos o guia turístico, obrigado a recontar o conto da Mariquinhas; um casal idoso que passou ao lado do amor; o carteirista cheio de desculpas; o jogador que perde tudo; o presunçoso que julga saber mais de fado do que realmente sabe; um musicólogo que tem de engolir um sapo; e um marginal que, sem querer, ajuda o bairro a manter o seu espírito.