Quando Lola Arias primeiro imaginou este filme, o seu plano era criar uma grande produção artística com os prisioneiros da prisão de Buenos Aires. Entretanto, com o surgimento da pandemia, as visitas à prisão tornaram-se impossíveis e a realizadora teve de mudar a sua tática.
Eis, então, que surge Reas (2024): uma mistura do documentário com o musical, em que ex-presidiários reencenam a sua vida na prisão através das suas memórias, simultaneamente ficcionalizando o passado e trabalhando na conceção de um futuro.
Como já é hábito na obra da realizadora, emerge um trabalho coletivo interartístico, marcado pela multiplicidade de identidades e pela rejeição do estigma.