Na próxima quinta-feira, dia 3 de abril, chega aos cinemas portugueses o drama biográfico “Maria Schneider” (Being Maria), um filme realizado pela cineasta francesa Jessica Palud, que dramatiza as cenas mais polémicas do filme “O Último Tango em Paris”, um drama erótico protagonizado por Marlon Brando, e realizado pelo italiano Bernardo Bertolucci.
Neste filme, que teve estreia mundial no Festival de Cannes 2024, onde recebeu reconhecimento internacional pela sua força artística e pela atualidade do tema, a atriz Maria Schneider é interpretada por Anamaria Vartolomei e Matt Dillion apresenta-se como Brando.
A narrativa centra-se em Maria, uma jovem atriz de 19 anos, com um talento promissor, mas que lida com várias dificuldades no início da sua carreira. Quando um realizador italiano em ascensão a escolhe para coprotagonizar o seu novo projeto, ao lado do aclamado ator norte-americano Marlon Brando, tudo parece encaminhar-se para o sucesso. No entanto, a oportunidade que parecia abrir portas ao sucesso transforma-se num pesadelo inesperado.
Inspirado na história real por detrás do controverso filme, esta longa-metragem traça um olhar ficcional sobre os eventos vividos por Maria Schneider, expondo os abusos de poder, as pressões da indústria cinematográfica e a forma como o brilho das luzes esconde, muitas vezes, histórias de sofrimento calado.
Lançado em 1972, o filme tornou-se mais infame do que famoso devido a uma cena deplorável que continua ser uma das mais sombrias e controversas da história do cinema, quando o protagonista usou manteiga como lubrificante anal, uma cena que assombraria o resto da vida de Schneider, que morreu em 2011, aos 58 anos.
Assista ao trailer de “Maria Schneider”, uma obra cinematográfica que mergulha nos bastidores do mundo do cinema e nas consequências silenciosas de uma indústria marcada por jogos de poder e silêncios cúmplices, e que “convida o público a refletir sobre o lado invisível da fama, os limites do consentimento e o impacto duradouro de experiências que marcaram para sempre uma geração de mulheres no cinema.”
Fotos/Divulgação: Guy Ferrandis ©Les Films de Mina
