Exibido em antestreia na secção “Da Terra à Lua” da 22.ª edição do DocLisboa, o documentário “Por Ti, Portugal, Eu Juro!“, centrado nos comandos africanos do Exército português, vai entrar em cartaz nas salas de cinema na próxima quinta-feira, dia 7 de novembro.
O filme foi realizado por Sofia de Palma Rodrigues e Diogo Cardoso, que também são jornalistas da revista digital de jornalismo narrativo Divergente, que produziu este documentário em associação com o Bagabaga Studios.
Durante a Guerra Colonial (1961-1974), milhares de africanos combateram ao lado de Portugal e arriscaram a vida por uma pátria que acreditavam ser a sua. A mesma pátria que, depois da Revolução de Abril, os abandonou à sua sorte. 50 anos depois, os Comandos Africanos da Guiné continuam a reivindicar as pensões de sangue e invalidez que lhes foram prometidas.
Este grupo, criado em 1971, pelo então Governador António de Spínola, foi a única tropa de elite do Exército português integralmente constituída por pessoas negras. Eram altamente treinados, conheciam bem o terreno e, por isso, tomavam a dianteira da tropa metropolitana nos combates no mato e foram uma arma essencial contra o Partido Africano pela Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

50 anos depois do 25 de Abril de 1974, os comandos africanos da Guiné contam pela primeira vez a sua história. São relatos de guerra, perseguição e morte, e dizem-se abandonados e traídos por um Estado que os usou, explorou e, por fim, descartou. Reivindicam o direito à cidadania e o pagamento das pensões de reforma e invalidez prometidas por Portugal no Acordo de Argel, no qual o país reconhece a Independência da Guiné-Bissau;
Segundo a Divergente, “Por Ti, Portugal, Eu Juro!” é uma reportagem dividida em quatro capítulos, resultado de uma investigação que decorreu entre os anos 2016 e 2021. Assista o trailer.









