Os rituais medicinais das comunidades indígenas da América é tema central da série documental “Segredo Ancestral: Guardiões da Medicina Indígena“, que a RTP2 vai estrear na próxima quarta-feira, dia 11 de outubro, pelas 20:35h.
A longo de seis episódios de aproximadamente 52 minutos, a série mostrará os segredos de doze comunidades indígenas que abriram as portas para partilhar rituais medicinais que mantiveram em segredo durante séculos, um conhecimento sagrado que, ao contrário da indústria farmacêutica moderna, não cura doenças, mas preserva a saúde.
Realizada por José Manuel Loyola, a série documental é uma visão provocadora sobre a natureza, os medicamentos e o que entendemos como bem-estar. A maioria dos rituais e cerimónias mostrados nesta série nunca tinham sido filmados antes.

O primeiro episódio leva-nos até ao Chile, um território de contrastes, onde a sua diversidade torna-o um espaço fértil para o desenvolvimento da medicina indígena feminina. Na Ilha da Páscoa começam os preparativos para comemorar o festival Tapati, um antigo ritual polinésio de dança, música e competição. Mas pela primeira vez em décadas, este evento não terá turistas. A ilha, fechada pela pandemia, celebrará de forma intimista. E a câmara será a única que o irá gravar.
A Nua Ika Pakarati descerá ao vulcão Rano Kau para recolher a “Matu´a pua´a” (Polypodium scolopendria), um feto que só ali cresce e corre perigo de extinção. Este feto será preparado num ritual de cura para os habitantes da ilha. Paralelamente, a comunidade Pewenche desafia o tempo e a modernidade para preservar a sua árvore sagrada: a araucária.

Teresa Cheuquepil é Lawentuchefe, a guardiã das medicinas ancestrais, e trabalhou toda a vida para divulgar o seu conhecimento, até à chegada da sua morte. Após a sua morte, e celebrando a cerimónia do “Anum Lawenche”, as suas filhas irão substituí-la e herdar um legado de séculos. Esta é uma história de resistência, para defender o legado da medicina feminina.
Os seis episódios, emitidos de segunda a sexta-feira, às 20::35h, vão percorrer as comunidades de Pewenche e Rapa Nui (Chile), Huni Kuin (Brasil), Wayuu (Columbia), Maya- Q´eqchi (Guatemala), Aymaras (Bolivia), Lakota (Estados Unidos), Q´eros (Perú), Mazahue (México), Mbyas (Paraguay), Muinane (Colombia) e Zapotecos (México).